domingo, 25 de dezembro de 2011

DA SANTIFICAÇÃO - ESTUDANDO A CONFISSÃO DE FÉ DE WESTMINSTER

IGREJA PRESBITERIANA EM SÃO RAIMUNDO NONATO – PI.
Estudos na Confissão de Fé de Westminster.
(Escola Bíblica Dominical)
Professor Rev. João Ricardo Ferreira de França.

A SANTIFICAÇÃO PARA A VIDA.

Texto Bíblico: 1 Pedro 1.14-16: “Como filhos da obediência, não vos amoldeis às paixões que tínheis anteriormente na vossa ignorância;  15 pelo contrário, segundo é santo aquele que vos chamou, tornai-vos santos também vós mesmos em todo o vosso procedimento,  16 porque escrito está: Sede santos, porque eu sou santo.

Introdução: A doutrina da santificação é vista como uma lista de proibições. Mas será que é isso que a Bíblia ensina? Falar de santidade ou santificação é trazer à memória o que é o pecado; pois, a igreja atual não tem resgatado o conceito de que o pecado é uma ofensa contra Deus em primeiro plano, e uma ofensa contra o próximo. O verdadeiro conceito de Santidade é aquele que traz uma significação de uma profunda separação radical do mundo como um sistema corrompido. A santificação é a página esquecida da igreja de Deus. O que é Santificação?

I – SANTIFICAÇÃO É UMA EXPERIÊNCIA DOS REGENERADOS.

A santificação  não é uma experiência do pecador não vivificado. O homem sem Cristo ama o pecado. “Ama mais as trevas do que a luz”( Jo 3.19). A santificação é partilhada, amada e desejada, unicamente, pelos regenerados: esta idéia nos traz à mente o quanto o pecado aniquilou a vida de Deus em nossa alma, a ponto de fazer-nos  odiar a santidade de Deus. E para amarmos novamente a santidade que há em Deus é necessário que haja em nós uma mudança do coração como diz a Confissão de Fé e a Bíblia nos diz que “tendo sido criado neles um novo coração  e um novo Espírito, são além disso, santificados”. Notemos que o regenerado possui uma santificação na qual é passivo, essa santificação tem as seguintes características:
a)    É uma santificação real e pessoal (1 Tess . 4.3-7)
b)   É uma santificação pelo poder da ressurreição de Cristo (Rm 6.5,6,14,22)
c)    É uma santificação operada pela palavra e pela obra do Espírito Santo.( Gl 5.24; 2Tess.2.13.)

II – A SANTIFICAÇÃO É UMA EXPERIÊNCIA SE A QUAL NINGUÉM VERÁ O SENHOR. (Hebreus 12.14)

         Ao estudarmos este assunto devemos tomar cuidado com o que muitas igrejas ensinam a respeito da santificação, hoje é bem comum alguns crentes criar uma lista de proibição e chamar isso de santificação: é proibido jogar bola, ir ao cinema, ir ao teatro; é proibido usar bermudas. As mulheres não podem usar calças-compridas – estas práticas não são bíblicas, são práticas ascéticas. Se isso é santidade, então como entendermos Hebreus 12.14.? Esse texto deve ser entendido da seguinte forma; Se alguém não odeia o pecado, e se tal pessoa não odeia o pecado essa pessoa não é crente em Cristo.
         Pois, em Cristo nós somos “mais e mais vivificados e fortalecidos em todas as graças salvadoras, para a prática da verdadeira santidade, sem a qual ninguém verá ao senhor”( Mt. 5.8; Rm 6.22,23; Col 1.9-12; 1 Tess. 5.23).

III – A SANFICAÇÃO É UMA EXPERIÊNCIA QUE VIIVIFICA E APROXIMA O CRENTE A DEUS

         Irmãos nós precisamos lembrar que “O domínio do pecado é destruído em nós quando abraçamos a Cristo” Este é o ponto culminante nesta seção, pois, ela mostra que todo regenerado busca ter comunhão com Deus por causa de Cristo. A Bíblia nos ensina que fomos eleitos em Cristo para vivermos uma vida separada. Romanos 6.12-14. Paulo diz que devemos agir como pessoas ressuscitadas do estado de pecado para a justiça. 2 Corintios 7.1 também fala-nos a respeito deste assunto. Quanto Paulo exige que a Igreja se santifique no corpo e no espírito, assim o Santo Apóstolo está mostrando o quanto o pecado afetou a raça humana.

IV – SANTIFICAÇÃO É UMA EXPERIÊNCIA QUE PROVOCA UM CONFLITO CONTINUO ENTRE A CARNE E O ESPÍRITO.

         A nossa Confissão diz que a santificação é imperfeita nesta vida, e ainda, persiste em nós a natureza pecaminosa, de sorte que surge uma luta irreconciliável entre a carne e o Espírito. Veja Romanos 7.19-23; Gálatas 5.17-19.
Algumas coisas são importantes aqui:
  1. Não é uma luta de duas naturezas: Pois somente Cristo possuía duas naturezas.
  2. Não é uma luta entre a carne e o espírito humano: Não consiste em uma luta entre o espírito humano e a carne humana.
  3. É uma luta entre a carne e o Espírito Santo: A nossa vontade humana não deseja submeter-se ao controle do Espírito Santo.
  4. É uma luta irreconciliável em toda a nossa vida aqui na terra: Enquanto estivermos aqui nesta terra jamais seremos plenamente santos, pois, a nossa luta continuará sempre.

V – A SANTIFICAÇÃO É UMA EXPERIÊNCIA DE VITÓRIA E CRESCIMENTO NA GRAÇA
         Sobre a santificação a Bíblia nos ensina que:
  1. Existe uma santificação progressiva.( Atos 20.32)
  2. Existe uma necessidade de mortificar o pecado (2 Corintios 3.18.)
  3. Que precisamos crescer na graça que há em Cristo. (1Tess 5.13.)
Aplicação:
1. Precisamos viver uma vida de separação radical do pecado
2. Uma vida santa vale do que dez mil palavras
3. A santificação nos oferece esperança de estarmos frente a frente com D

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

PASTOREANDO O CORAÇÃO DOS PASTORES

PASTOREANDO O CORAÇÃO DOS PASTORES.
1 Coríntios 4.1-2.
João Ricardo Ferreira de França.
Heperetologia? Que palavrão é esse? Calma! Não é nenhum nome feio. É uma transliteração de uma palavra grega “hypêrétas”( u`phre,taj) que significa ministros. Não é qualquer ministro, mas tem haver com os remadores escravos nas galés dos navios escravistas, onde os prisioneiros remavam ao som de um tambor – você já deve ter visto isso em algum filme – em nosso contexto esta palavra é usada em seminários para tratar da vocação pastoral.
Hoje escrevo estas linhas pensando na minha vocação! E lamento muito, pois, não estou naqueles dias de inspiração para escrever! Então, serei direto e objetivo. Não me acho vocacionado, todos os homens passam por esta crise, dizem os mais experientes, são os momentos em que estamos sozinhos e pensamos que não somos úteis nem a nós e muito menos para aqueles que nos cercam.
O ministério é um lugar solitário! E sempre será assim, não pense que casar melhora, pois, sempre haverá algo que será impossível de compartilhar com sua esposa, e você sempre será sozinho. Os seus dilemas, os seus sucessos e fracassos são tipicamente e exclusivamente seus!!! Não envolva sua família neles, pois, sofrerás profundas conseqüências.
Sou jovem e ainda não estou “no ministério”, mas quem realmente está? Aquele que prega todo o Domingo? Que visita as ovelhas? Que oferece gabinete pastoral? Que vai realizar um ato fúnebre? Bem, isso já faço e o último já fiz! Mas ainda não sou pastor, sou seminarista tentando encontrar e descobrir a minha vocação pastoral.
Vocação é um chamado singular de Deus. Por meio da igreja Deus confirma este chamado, e o que me anima ainda é o fato de que a igreja vê em mim tal vocação. Todavia, na maioria das vezes, será a mesma igreja que lhe jogará para fora, simplesmente porque você deseja ter compromisso com a verdade, ou porque foi pego em alguma falta, então, você descobrirá que a igreja não está amadurecida para perdoar – viver além do perdão não é uma temática da igreja atual!!! Tenha cuidado quando diz que foi vocacionado.
Ser ministro do evangelho não é teatralizar(realizar peças teatrais com maestria). É ser achado fiel como despenseiro da graça de Deus aos homens (1 Co.4.2). Fidelidade! Se você não consegue ser fiel aos ensinamentos da Bíblia, tais como: predestinação, eleição, expiação, justificação, santidade, céu, inferno, inspiração verbal da Bíblia, suficiência das Escrituras e a suficiência da obra de Cristo etc.., Então, deixe o ministério e faça outra coisa! pois, sua vocação não deve ser usada para ensinar sofismas. Lembre-se, você deve despejar a graça de Deus aos homens.
Deus não é um brinquedo que você pode manipular – ter dúvidas da vocação pode ser uma indicativo de que sejas de fato vocacionado – mas, solapar os ensinos da Bíblia para estar com um status de um bom pastor significa que você não foi vocacionado, a verdade não pode ser adulterada por um ministro que deveria ser fiel. Então, pense antes de ir para o ministério, pois, ser infiel ali, significa ser falso no viver, ser um hipócrita é a pior coisa na vida de um ministro de Cristo.  
Alimente a sua alma, nunca esqueça disso! Livros e Teologias sistemáticas são boas para o intelecto, mas precisam ser regadas pela vida piedosa de oração!!! Seja alguém dedicado a cuidar de sua alma. “Podemos padecer de fome enquanto preparamos a mesa para alimentar a outros”. ( palavras de um grande puritano – Richard Baxter)
Busque o alvo do ministério: A glória de Deus! E seja ambicioso não pela prata e nem pelo ouro, mas pela vida de santidade!!! Viva de um modo que os homens se envergonhe de ser como são – pecadores – seja santo!!! Não importa quanto tempo levar para colocar  isso em prática, mas faça isso.
Como ser santo? Primeiramente, odeie o pecado que habita em você. Clame como o pastor Paulo “miserável homem que sou”, lute contra o pecado!!! Lembre-se que sem “santificação ninguém verá ao Senhor”.
Em segundo lugar, ame a Lei de Deus – veja nela o coração de Deus para sua vida! Não esqueça disso, pois, ela tem sido a bússola dos grandes pregadores e pastores que enfrentaram os maiores vendavais da vida.
Fale sempre a verdade nunca esconda nada – fale sempre o que é puro e santo – piedade na vida prática valem mais que dez mil sermões!
Não aceite, nunca aceite a fofoca!!! Especialmente se for sobre um colega de ministério, você poderá destruir sua amizade por causa de um boato.
Não brinque com mulheres casadas e compromissadas, pois, tudo o que você conquistou durante anos pode ser desfeito em dez segundos!!! Fique sempre atento, pois, a mulheres sempre entendem e interpretam as coisas de forma tão equivocada.
Olhe apenas para a sua esposa! Saiba que é apenas ela quem de fato sabe dos seus pontos fracos; e tem sido a pessoa que realmente sabe criticar quando você erra, então, sempre ouça os conselhos dela.
Não a trate com amargura! Ame-a, mesmo quando parecer difícil. Não abra mão da sua família por igreja alguma, lembre-se que a igreja dura alguns anos, todavia, a família dura por todo restante de sua existência.
Ame vidas! Valorize-as pelo que elas são e não pelo que têm; pois, agindo de forma contrária fica evidente que o seu interesse não são  as pessoas, mas o que elas têm; por favor, não seja assim, pois, a maioria dos ricos são avarentos, e os seus proventos(salário pastoral) não vêm dos bolsos deles, mas dos pobres que talvez ignoras, então, seja o pastor de ambos (ricos e pobres) mas sempre olhando para as pessoas! Não se venda a nenhum conselho ou grupo da igreja, seja corajoso para dizer não a tal perspectiva.
Quando errar saiba pedir perdão!!! Mas quando alguém pedir-lhe perdão, perdoe, pois somente no nosso cristianismo o perdão tem um amplo significado. E somente quem de fato foi perdoado sabe o que essa palavra realmente significa. Lembre-se que Deus nos deu o ministério da reconciliação, então, viva com dois grandes propósitos na vida – edificar os crentes e depois, reconciliar pecadores com Deus!!!
Se ao menos você conseguiu ponderar sobre tudo o que lhe disse seja bem vindo, você já deu um primeiro passo em rumo a sua vocação pastoral, e saiba que a terra onde colocas o pés é uma terra santa – tire o sapato do orgulho espiritual – fique descalço com profunda humildade.

Recife, 19 de fevereiro de 2008.

sábado, 17 de dezembro de 2011

DA ADOÇÃO

ESTUDOS NA CONFISSÃO DE FÉ DE WESTMINSTER- CAPÍTULO 12 – Da Adoção.
Prof. João Ricardo Ferreira de França.

Introdução: Chegamos a mais uma doutrina que humilha os homens, e coloca Deus no lugar que lhe devido, ou seja, Deus é centralizado no lugar de Deus e o homem no lugar de homem. Deus nesta doutrina é contemplado como sendo o autor de nossa salvação.
            A verdade que aprendemos aqui na Confissão de Fé de Westminster é que o homem, por natureza, não é filho de Deus; mas que é filho do diabo desde a queda no pecado. Somos filhos da ira quando não temos Cristo Jesus.
            Triste sorte dos homens! Triste sorte! Quando eles não têm a Cristo como salvador e senhor. A verdade que é ensinada aqui consiste no fato de que mesmo perdido, Deus amorosamente nos adota em sua família, quando nós mesmos não tínhamos nenhum direito a este ato da Graça de Deus, veja o que podemos aprender sobre este assunto:

I – DEFININDO A DOUTRINA DA ADOÇÃO:
            O que é adoção? O catecismo Maior de Westminster na questão 74 nos oferece uma resposta bastante acurada a essa questão. O Catecismo nos indica que a “adoção” não é uma “obra” , mas é um “ato” da graça de Deus. Qual é a diferença? A diferença consiste no fato de que o “ato” fala daquilo que acontece fora de nós.E por “obra” entendemos que se refere àquilo que é feito em nós.

II – OS BENEFICIARIOS DA ADOÇÃO:

            Quem recebe esta adoção? A Confissão responde dizendo todos os que são:
1.Justificados: Veja o que diz o texto de Gálatas 4.4-7. Paulo usa algumas expressões interessantes aqui: “na plenitude do tempo”. No grego temos a palavra “pleroma”[1]  significa ‘aquilo que é cheio, indicando que em um determinado tempo Cristo é enviado ao mundo, com o objetivo de redimir os filhos que Deus havia escolhido, ele veio para resgatar no grego temos a palavra “exagorásê[2] que significa “comprar em um mercado de escravos” transmitindo a idéia de “redimir” Paulo diz que o propósito da redenção é adoção.
            2. Os Pecadores eleitos: Deus desde toda a eternidade escolheu ou decidiu salvar pecadores rebeldes, e assim a adoção alcançou os mesmos veja Efésios 1.1-3; aqui o apóstolo nos lembra que adoção está fundamentada na predestinação de Deus. A palavra grega para adoção é “hyiothesía[3]” aponta para uma relação familiar com privilégios e responsabilidades na época esta palavra era usada para dizer que o filho adotado tinha mais privilégio que o próprio filho legítimo, pois, o filho adotivo jamais poderia ser deserdado no testamento de uma família, enquanto que um filho legítimo sim.
III – OS BENEFÍCIOS DA ADOÇÃO:

            Quais são os benefícios adquiridos na adoção? São vários:
  1. A recepção como membros da Família de Deus: Jo 3.1,2; Ef 1.5; 1 Jo 3.1,2.
  2. – O gozo da liberdade e privilégios dos filhos de Deus: Gl. 4.4-7.
  3. O recebimento do Espírito de Adoção:  Rm 8.15,16.
  4. -  O acesso ao trono da graça: Hb 4.14-16.
  5. A intimidade com Deus:  Rm 8.15-17; Gl 4.6.
  6. O tratamento divino de paternidade: Sl 103.13; 2 Co. 6.18; Hb 12.6-10.

IV – AS GARANTIAS DA ADOÇÃO:

            O que garante a adoção ao crente?

a)      O selo para o dia da redenção:  O texto singularmente que aborda esta questão é Efésios 1.11-14; onde o nosso entendimento é que o selo é o próprio Espírito Santo, e uma vez estando na presença de Deus , introduzidos na sua família, por meio da adoção, então temos habitando em nós o Espírito da verdade que o selo para a nossa redenção – diz que ele (o Espírito Santo) é um “penhor” o termo significa que um pagamento inicial foi feito, faltando o restante a ser pago no dia final – veja Efésios 4.30.
b)      Herança das promessas divinas:  A adoção nos garante que a herança das promessas de Deus nos é dada por meio da ação do Espírito Santo, em nossas vidas, uma vez que nós somos introduzidos na família de Deus. Veja :Romanos 8.17.
c)      Herança da Eterna Salvação: A salvação eterna é uma realidade porque Deus nos tem adotado em sua família mediante Jesus Cristo 1 Pedro 1.3-6.
Exercício:
1)      O que é adoção no conceito bíblico?
2)      Qual é a diferença entre “ato” e “obra” da graça de Deus?
3)      Qual é o sentido em que é usada a palavra “adoção” no tempo de Paulo?
4)      Qual é a relação da palavra “resgatar” com a adoção?
5)      A doutrina da Adoção ensina a perseverança dos santos? Se sim explique e se não explique.
6)      A expressão “Aba-Pai” em Romanos 8.15-17 significa “paizinho querido”, o que esta palavra expressa para o que foi adotado por Deus?

           
                       



[1] Plerwma - Cheio, Pleno, preenchido.
[2] exagash - relação comercial com escravos, libertação mediante a compra do escravo.
[3] uioqesia - Adoção.

domingo, 4 de dezembro de 2011

DA JUSTIFICAÇÃO - QUINTA PARTE

IGREJA PRESBITERIANA EM SÃO RAIMUNDO NONATO – PI.
Estudos na Confissão de Fé de Westminster.
(Escola Bíblica Dominical)
Professor Rev. João Ricardo Ferreira de França.
DA JUSTIFICAÇÃO. – CAPÍTULO 11.
Seção V: “Deus continua a perdoar  os pecados daqueles que são justificados; e ainda que não poderão jamais cair do estado de justificação; poderão, contudo, em decorrência de seus pecados, cair no desprazer de Deus e privar-se da luz do seu rosto, até que se humilhem, confessem seus pecados, supliquem o perdão e renovem sua fé e seu arrependimento
Introdução: Chegamos à última seção deste capítulo que trata da Justificação pela fé somente. Temo aqui uma clareza sobre a relação do perdão contínuo de Deus o ato da justificação sobre as nossas vidas; também percebemos a relação que este tópico faz com doutrinas fundamentais da teologia reformada.
          Vemos aqui a doutrina da perseverança dos santos anunciada e exposta de modo singular; e percebemos a doutrina da santificação e do arrependimento. Estes ensinos estão  relacionados com a justificação pela fé somente, vejamos o que podemos aprender desta seção:
I – DEUS COMO PERDOADOR.
         A confissão de fé reconhece que Deus está sempre a nos perdoar, ele é o Deus sempre perdoador, pois, tem sempre nos perdoado (Mateus 6.12). Isto é visto em toda a Escritura o Senhor nosso Deus como perdoando os nossos pecados, esta deve ser a primeira atitude do cristão reformado é olhar Deus como um ser que perdoa todas as nossas transgressões e iniqüidades (1 João 1.7,9;2.1-2). Deus nos dá a certeza de que está disposto a nos perdoar os pecados quando o confessamos, precisamos aplicar isto em nossas vidas.
II – A PERSEVERANÇA DOS SANTOS.
          A segunda doutrina estabelecida na confissão de fé é a perseverança dos santos; este ensino tem sua sustentabilidade por causa do ato da justificação pela fé somente. A nossa confissão declara o seguinte “e ainda que não poderão jamais cair do estado de justificação” – a perseverança dos santos tem fundamentos na doutrina e no ato da justificação. E como isso ocorre?
1)   Pela intercessão de Cristo (Lucas 22.32)
2)   Pela ação preservadora de Cristo (João 10.28)
3)   Pelo sacrifício completo de Cristo (Hebreus 10.14)
III – DEUS COMO DISCIPLINADOR.
         O Terceiro, aspecto que a confissão de fé reconhece é que Deus também é disciplinador. Evocando a tônica de Hebreu 12.6-10, a nossa Confissão mostra-nos que Deus é também um Deus que corrige-nos quando pecamos contra a sua santidade, e ele age com desprazer privando-nos da luz do seu rosto.
1)    Disciplinando-os por não guardarem sua aliança (Salmo 89.31-33)
2)    Revelando o seu desprezar para com todos os nossos pecados (Salmos 51.7-12)
IV – A FINALIDADE DA DISCIPLINA DO SENHOR.
         A Disciplina de Deus tem a finalidade de nos chamar ao arrependimento e a nos humilharmos aos pés de Deus.
1)    Não ocultando o nosso pecado (Salmo 32.5)
2)    Arrependendo-se verdadeiramente (Mateus 26.75)
3)      Compreendendo o objetivo da disciplina (1 Co.11.30.32)