terça-feira, 22 de novembro de 2011

DA JUSTIFICAÇÃO - QUARTA PARTE

IGREJA PRESBITERIANA EM SÃO RAIMUNDO NONATO – PI.
Estudos na Confissão de Fé de Westminster.
Professor Rev. João Ricardo Ferreira de França.
DA JUSTIFICAÇÃO. – CAPÍTULO 11.
Seção IV: Deus, desde toda a eternidade, decretou justificar todos os eleitos; E Cristo, na Plenitude do tempo, morreu pelos pecados deles e ressuscitou pela justificação deles. Não Obstante, não são justificados até que o Espírito Santo, no devido tempo, realmente lhes aplique Cristo.
Ref.  Gal. 3:8; I Ped. 1:2, 19-20; Gal. 4:4; I Tim. 2:6; Rom. 4:25; I Ped. 1:21; Col. 1:21-22; Tito 3:4-7.
Introdução: Nós temos visto como a doutrina da justificação pela fé é realmente uma doutrina confortadora na vida da Igreja. É a doutrina pela qual a Igreja realmente se mantém de pé ou cai. A Igreja fica firme se ela professa essa doutrina; mas, se esta doutrina é negada ela simplesmente cai.
         Agora focalizaremos esta doutrina dentro de três proposições claras e fundamentais para um entendimento mais acurado dela; esta seção pode ser esboçada na seguinte ordem:
1.   A Justificação é fruto do decreto eterno de Deus baseado em sua vontade.
2.    Que este decreto se concretiza temporalmente na morte e ressurreição de Cristo.
3.   Apenas o Espírito Santo pode aplicar Cristo aos pecadores para a justificação deles. Então, consideremos estas três proposições básicas desta nossa seção:
I – A JUSTIFICAÇÃO É FRUTO DO DECRETO ETERNO DE DEUS BASEADO EM SUA VONTADE.
         Esta seção da Confissão de Fé começa com uma declaração realmente estupenda, realmente digna de nossa atenção, diga de nosso estudo, pois, é uma declaração que nos deixa pensativos sobre o decerto absoluto de Deus em todas as coisas criadas neste mundo neste universo.
         A declaração aqui enuncia exatamente esta temática fundamental para a doutrina da justificação, pois, os teólogos de Westminster disseram: “Deus, desde toda a eternidade, decretou justificar todos os eleitos”. Essa proposição aqui é importante, porque antes de tudo, acima de tudo é começa com “Deus...” um substantivo simples, mas neste contexto aqui expressa mais que a ideia do substantivo, expressa a identidade daquele que fez todas as coisas.
         Assim, aprendemos aqui que toda a doutrina quando enunciada deve começar pela divindade, porque se compreendemos determinada  doutrina, isto só é possível por causa de Deus. O segundo, aspecto introdutório é que toda a doutrina que aprendemos deveria nos levar até “Deus...” – e se uma doutrina não nos conduz a Deus, então devemos repensar sobre o nosso cristianismo e o que entendemos pela divindade.
         A Confissão de fé continua dizendo que “Deus, desde toda a eternidade[...]” – Deus não age no momento, ele não age de forma imprevisível, ele age com um plano. Quando surgiu este plano? Na eternidade. Ou seja, ele desde os tempos eternos decidiu tomar uma decisão em relação a minha vida que não poderia acontecer de outro modo.
         A decisão do eterno Deus foi decretar a justificação de todos os eleitos. Isso é pressuposto apartir dos textos da Palavra de Deus, onde somos ensinados que Deus  revelado a sua vontade secreta em justificar os gentios conforme aprendemos em Gálatas 3.9.
         O apóstolo Pedro escreve sua primeira carta mencionando que os crentes foram eleitos segundo esse conhecimento eterno para a aspersão do sangue de Cristo, sangue este que foi conhecido, com efeito, antes da fundação do mundo (1 Pedro 1.2,19-20).
         Na epístola aos Romanos o apóstolo Paulo repete esta tônica de um decreto eterno sob o qual a expiação e justificação são demonstradas como frutos deste decreto (Romanos 8.30)
II – O DECERTO PARA JUSTIFICAR OS PECADORES SE CONCRETIZA TEMPORALMENTE NA MORTE E RESSURREIÇÃO DE CRISTO:
         O segundo aspecto a ser considerado nesta quarta seção está no fato de que “Cristo, na Plenitude do tempo, morreu pelos pecados deles e ressuscitou pela justificação deles”. Os teólogos de westminster reconhecem que o decerto só tem lugar no tempo com a morte e ressurreição de Cristo.
         Somos informados que quando chegou o tempo devido do resgate dos pecadores Cristo veio nascido de mulher, nascido sob a lei para efetuar a redenção dos pecadores conforme lemos em Gálatas 4.4.
         E ao entrar no tempo Cristo se entregou em resgate do todo o seu povo para redimir e trazê-lo a comunhão com Deus isto nós aprendemos em 1 Timóteo 2.6 e uma vez os nossos pecados sendo perdoados e julgados na cruz do calvário com a morte de Cristo, ele levanta-se dentro os mortos para a nossa justificação como nos diz o Santo Apóstolo Paulo em Romanos 4.25.
III – APENSA O ESPÍRITO SANTO PODE APLICAR CRISTO AOS PECADORES PARA A JUSTIFICAÇÃO DELES.
         Algumas pessoas ignoram o papel do Espírito Santo na obra da redenção. Vale salientar que sem o Espírito aplicar a obra da redenção à vida dos eleitos não há redenção! Ou seja, a obra de Cristo é efetivada pela ação soberana do Espírito Santo. É exatamente isso que nós aprendemos na Palavra de Deus. Cristo nos reconcilia com Deus (Col.1.21-22), mas apenas o Espírito Santo aplica toda ação da morte de Cristo na vida dos eleitos de Deus (Tito 3.4-7).

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