domingo, 5 de junho de 2011

SÉRIE DE EXPOSIÇÕES BÍBLICAS - A CARTA DE TIAGO I

IGREJA PRESBITERIANA EM SÃO RAIMUNDO NONATO
EXPOSIÇÃO BÍBLICA: Tiago 1.1-27.
Rev. João Ricardo Ferreira de França.
Vs.1: “ Tiago, servo de Deus e do Senhor Jesus Cristo, às doze tribos que se encontram na Dispersão, saudações.
Introdução: Vamos observar as situações vivenciais desta comunidade que deram origem a esta carta, o Tiago aqui é provavelmente o Tiago meio irmão de Jesus (Marcos 6.3). E Tiago decide escrever esta carta - que é considerada como uma epistola geral, católica ou universal. Ao escrever esta carta ele tinha dois propósitos:
1)      As dificuldades e provações que as igrejas estavam passando naquele tempo.
Ser cristão naquela época era muito dificil, era algo assustador, pois, o simples fato de se declarar cristão era colocar-se em risco, pois, o judaísmo e o Império Romano estavam sempre a peresguir os que se declaravam seguidores de Cristo. Os pagãos da época consideravam os cristãos como ateus, isto porque no Império onde havia vários deuses e quem só tem um era considerado ateu. Os cristãos eram considerados como pessímos cidadãos porque eles não se curvavam diante do Imperador que era chamado de César. E na mente daqueles pagãos a Religião e o Estado estavam juntos, unidos. Os cristãos do primeiro século eram  presos, seus bens eram confiscados pelo estado, seus filhos eram tirados do seio da familia e levados para um campo de treinamento para serem guerreiros pelo Império.
2)      Uma chamada a Coerência: este é o segundo propósito de Tiago ao escrever esta carta, ele olha para o cristianismo vivenciado por estes irmãos, e vê que trata-se de um cristianismo superficial, então, decide chamar estes irmãos a coerência com a profissão de fé que declaravam. Pois, ser crentes não é somente ouvir sermões, antes é praticar aquilo que o evangelho nos ensina. Isso é percebido aqui nesta carta, do que adiante dizermos que temos fé, mas não temos obras - isso mostra um cristianismo morto, inválido. A chamada de Tiago aqui é que eles deveriam viver o cristianismo em termos práticos.
I - AS DIFICULADADES DA VIDA COMO MOTIVO DE ALEGRIA .
VS.2-4: “ 2 Meus irmãos, tende por motivo de toda alegria o passardes por várias provações,  3 sabendo que a provação da vossa fé, uma vez confirmada, produz perseverança.  4 Ora, a perseverança deve ter ação completa, para que sejais perfeitos e íntegros, em nada deficientes..”
                Tiago agora, passa mostrar  o seu coração pastoral aquela igreja perseguida, começando a dizer-lhes que eles deveriam estar alegres diantes destas provações que sofrem! Isso parece loucura, como encontrar alegria no sofrimento? Tiago, nos diz  que aqueles crentes deveriam considerar uma “alegria absoluta” no original grego é assim que está! É claro que Tiago não está dizendo que seja pecado dizer que está doendo, que está dificil enfrentar as várias tribulações, ou provações que nos sobreveem. Devemos observar que o termo “várias provações” no texto não se refere a intensidade ou a constância delas, mas se refere ao tipo de provação sofrida - arrastamento dos bens, filhos sendo mortos por professar a fé, e coisas deste tipo.
                E porque Tiago exorta aqueles crentes a se alegrarem diante das provações? O versículo 3 nos responde: “sabendo que a provação da vossa fé, uma vez confirmada, produz perseverança.” Deus tem usado todas as formas de provações  para testar a nossa fé. Mas diz o texto que os crentes sabiam disso. “ginw,skontej” - a ideia é de um conhecimento que jamais para de conhecer - aqui Tiago diz aos seus ouvintes que eles sabiam que o alvo daquelas lutas, daquelas provações tem sido sempre fortalecer - confirmar a fé, mas também gerar perseverança na vida cristã. Tiago alerta a igreja que a alegria diante das tribulações confirma esta fé para gerar uma constância na vida de cada membro da igreja, isto é, a perserverança.
                O propósito final de Deus com estas provações é a perfeição de caráter é oque aprendemos no versículo 4: “Ora, a perseverança deve ter ação completa, para que sejais perfeitos e íntegros, em nada deficientes.” A perseverança cristã aqui conforme tiago implica na vida íntegra e perfeita - amadurecidos, esta é a ideia aqui no texto, pois, estes dois termos implicam em maturidade. E o resultado desta maturidade cristã consiste na ausência de deficiência. E qui o sentido é que nada na vida cristã está parado ou enferrujado, mas tudo funcionando.
II - DEVEMOS PEDIR SABEDORIA PARA VIVER E PASSAR POR ESTAS PROVAÇÕES.
VS-5-8: “ 5 Se, porém, algum de vós necessita de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente e nada lhes impropera; e ser-lhe-á concedida.  6 Peça-a, porém, com fé, em nada duvidando; pois o que duvida é semelhante à onda do mar, impelida e agitada pelo vento.  7 Não suponha esse homem que alcançará do Senhor alguma coisa;  8 homem de ânimo dobre, inconstante em todos os seus caminhos.”
                No versículo 4 Tiago diz que o objetivo de Deus é que a igreja não deve ter necessidade de nada, e no versículo 5 ele mostra como se deve  fazer isso; o autor desta carta usa uma condicional “se” que na nossa língua expressa possibiliadade - “se, porém, algum de vós”. Todavia, não é isto que Tiago quer dizer, este “se” que aparece aqui na nossa tradução, poderia ser bem traduzido por “visto que algum de vós necessita...” Tiago está dizendo que estes crentes não estão agindo com sabedoria - isto porque não a pediram a Deus. Tiago volta e relembra esta verdade, a falta de sabedoria é uma das razões da pelas quais não sabemos tomar decisicões no meio das provações. Tiago deixa implita que Deus é a fonte da sabedoria. Ele fundamenta isso com duas verdades:
1 - Deus dá esta saberdoria liberalmente: a ideia é que Deus derrama abundantemente a saberida que necessitamos.
2 - Deus não lança em rosto: A palavra lhes “impropera” que aparece aqui no texto significa que Deus não passa na cara aquilo que tenciona dar no campo do saber prático. Ele não diz:
“ontem você me pediu, agora vc está aqui de novo”. Não ele sempre está nos recebendo como se fosse a primeira vez em cada vez que vamos até ele. E assim , lhe pedimos que nos conceda a sabedoria necessária para enfrentar as tribulações e provações desta vida. E ele o fará, pois Tiago, assim nos assegura!
                Esse pedido deve ter algumas condições:
1)      Deve ser pedido com fé: a firme confiança. “.  6 Peça-a, porém, com fé, em nada duvidando; pois o que duvida é semelhante à onda do mar, impelida e agitada pelo vento.” Pois, o homem aqui descrito:
a)      Um ser semelhante à onda do mar: conduzido pelas  ondas, a ideia é o homem que duvida, segue o curso de sua vida cristã de acordo com o clima a tensão da provações - se tudo vai bem, estou seguindo ao evangelho, mas se tudo vai mal, então nada do evangelho.
b)      Um pessoa de duas almas (vs.8): a figura da inconstância este homem não sabe para onde ele vai.
III - AS CIRCUNSTÂNCIAS DA VIDA NÃO PODEM ALTERAR A NOSSA CONFIANÇA EM DEUS.
VS:9-11   9 O irmão, porém, de condição humilde glorie-se na sua dignidade,  10 e o rico, na sua insignificância, porque ele passará como a flor da erva.  11 Porque o sol se levanta com seu ardente calor, e a erva seca, e a sua flor cai, e desaparece a formosura do seu aspecto; assim também se murchará o rico em seus caminhos.”
1 - Os irmãos pobres: esses irmãos são tentatdos a invejar a riqueza dos ímpios. Há uma dignidade em ser pobre que o apóstolo estabelece aqui - nós precisamos entender que Deus assim o fez o o faz porque quer.
2 - Os ricos deste mundo: Tiago relembra aos ricos deste mindo que els são passageiro, poque a a sua fé e sua vida está na chamada instabilidade da riqueza. A expectiva de juízo, é clara, confiar na conta bancária, achar que isso encerra a felecidade da vida. É o pecado dos ricos, o cristão pobre, muitas vezes é tentado a invejar este tipo de vida.
IV - PRECISAMOS FAZER A DIFERENÇA ENTRE A TENTAÇÃO E A PROVAÇÃO:
Vs. 12-18: “12 Bem-aventurado o homem que suporta, com perseverança, a provação; porque, depois de ter sido aprovado, receberá a coroa da vida, a qual o Senhor prometeu aos que o amam.  13 Ninguém, ao ser tentado, diga: Sou tentado por Deus; porque Deus não pode ser tentado pelo mal e ele mesmo a ninguém tenta.  14 Ao contrário, cada um é tentado pela sua própria cobiça, quando esta o atrai e seduz.  15 Então, a cobiça, depois de haver concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, uma vez consumado, gera a morte.  16 Não vos enganeis, meus amados irmãos.  17 Toda boa dádiva e todo dom perfeito são lá do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não pode existir variação ou sombra de mudança.  18 Pois, segundo o seu querer, ele nos gerou pela palavra da verdade, para que fôssemos como que primícias das suas criaturas.”
                O ponto aqui é que tiago diz que a igreja precisa fazer a distinção entre a Tentação e a provação, tal distinção é dificil no grego, pois, temos as mesma palavra “peirasmos”.
Vs - 12 - a provação visa nos aprovar, e nos levar a termos a coroa da vida: Deus é quem faz isso. A tradução pode ser “a vida como coroa” este é homem é bem-aventurado, pois, tem suportado as provações e estado em perserverança.
1 - depois, de provado - ouríves = trabalhando burilando para ter um metal belo e resistente
2 - Que ele prometeu a quem o ama -  somente aqueles que amam a Deus de fato hão de perserverar.
3 - Tiago rejeita a acusação de que a nossa tentação e nossa queda nela deva ser atribuída a Deus (vs.13)
4 - Tiago apresemta a figura de uma protestuta em relação a nossa cobiça:
1 - uma relação
2 - o nascimento do filho
3 - o assinato do pai parte do filho.
Somos responsáveis pelos nossos pecados (vs14-16)

5 - todo bem vem de Deus (vs17-18: Deus não muda, não oscilam)
1 - gerados fomos pela palavra da verdade:
2 - e somos suas primícias:

6 - saber usar as palavras: (vs.19-20):
6.1 - ouvir nos meio das dificulades
6.2 - reserve-se no silêncio e não abrigue a ira em seu coração, e com isso não podemos tomar algo sem amaçar a nossa profissão.

Nenhum comentário:

Postar um comentário