Eleição Incondicional
Rev. João Ricardo Ferreira de França.
E não ela somente, mas também Rebeca, ao conceber de um só,
Isaque, nosso pai. E ainda não eram os
gêmeos nascidos, nem tinham praticado o bem ou o mal (para que o propósito de
Deus, quanto à eleição, prevalecesse, não por obras, mas por aquele que chama), já fora dito a ela: O mais velho será servo
do mais moço. Como está escrito: Amei Jacó, porém me aborreci de Esaú. (Romanos
9.10-13)
Olhando para o nosso
texto percebemos como este ensino está ausente na vida da igreja de nosso
tempo. A palavra Eleição ou
Predestinação tem assustado muitos crentes.
I – Definição da Doutrina:
Este é o segundo
ponto do calvinismo. O ensino pode ser resumido da forma como segue: Deus
antes que o mundo fosse criado, livre e imutavelmente decretou tudo o que
acontece, e assim, escolheu uns para a vida eterna e outros para a morte eterna.
1.1 – No
Antigo Testamento:
O ensino da Palavra de Deus é que ele nos tem escolhido para a
vida de forma livre e imutável. Deus escolheu a Abrão: “Tu és o SENHOR, o Deus que elegeste Abrão, e o tiraste de Ur dos
caldeus, e lhe puseste por nome Abraão.” (Neemias 9.7). Israel é retratado
como um povo escolhido: “Porque tu és
povo santo ao SENHOR, teu Deus; o SENHOR, teu Deus, te escolheu, para que lhe
fosses o seu povo próprio, de todos os povos que há sobre a terra.”
(Deuteronômio.7.6) o salmista nos lebre que feliz é a nação eleita pelo Senhor:
“Feliz a nação cujo Deus é o SENHOR, e o
povo que ele escolheu para sua herança.” (Salmos 33.12) e o profeta
messiânico nos traz a mesma tônica:
Mas tu, ó Israel,
servo meu, tu, Jacó, a quem elegi, descendente de Abraão, meu amigo, tu, a quem tomei das extremidades da terra, e
chamei dos seus cantos mais remotos, e a quem disse: Tu és o meu servo, eu te
escolhi e não te rejeitei, não temas, porque eu sou contigo; não te assombres,
porque eu sou o teu Deus; eu te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a
minha destra fiel. (Isaías 41.8-10).
1.2 – No Novo Testamento
Mas alguém poderá dizer, sim to vendo tudo isso, mas o senhor
está citando apenas o Antigo Testamento
- sou um crente do Novo Testamento - então, vejamos o que diz o Novo
Testamento sobre esta doutrina.
1.2.1 –
Nos Ensinos do Apóstolo São Paulo:
Em Romanos 8.33 somos informados que ninguém
pode acusar os eleitos de Deus; ou seja, o Senhor possui um povo que ele chama
de eleitos, e no contexto da carta Paulo está falando dos crentes. É uma
eleição baseada na graça de Deus (Romanos 11.5) isso não tem nada haver com
obras humanas, somente com graça de Deus.
De forma gigantesca o
apóstolo nos fala dessa doutrina de forma muito clara em Efésios 1.4-11:
“4 assim como nos
escolheu, nele, antes da fundação do mundo, para sermos santos e
irrepreensíveis perante ele; e em amor 5
nos predestinou para ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo,
segundo o beneplácito de sua vontade, 6
para louvor da glória de sua graça, que ele nos concedeu gratuitamente no
Amado, 7 no qual temos a redenção, pelo
seu sangue, a remissão dos pecados, segundo a riqueza da sua graça, 8 que Deus derramou abundantemente sobre nós
em toda a sabedoria e prudência, 9
desvendando-nos o mistério da sua vontade, segundo o seu beneplácito que
propusera em Cristo, 10 de fazer
convergir nele, na dispensação da plenitude dos tempos, todas as coisas, tanto
as do céu como as da terra; 11 nele,
digo, no qual fomos também feitos herança, predestinados segundo o propósito
daquele que faz todas as coisas conforme o conselho da sua vontade,”
Fomos eleitos, predestinados, escolhidos em Cristo Jesus e
tudo antes da fundação do mundo.
1.2.2 –
No Ensino do Senhor Jesus Cristo
Será que existe texto mais claro do que este? Claro como este
é difícil. Ops! Pode parar por ai - diz alguém - “O senhor está citando somente Paulo; ora, o
meu compromisso é com o que Cristo ensina, pois o que ele diz é mais importante”. Ora, todos nós sabemos
que o ensino de Paulo é PALAVRA DE DEUS
porque se não fosse não estaria na Bíblia. Todavia, já que se mencionou Cristo
vamos ver o que o nosso mestre nos ensinou sobre esta doutrina.
Ele mostra de forma clara que
não fomos nós quem o escolhemos, mas o contrário ele nos escolheu: “Não fostes vós que me escolhestes a mim;
pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros e vos designei para que vades e
deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai
em meu nome, ele vo-lo conceda.” (João 15.16). Ora, o Senhor Jesus Cristo
tem nos ensinado que existe uma eleição que ele realiza.
Outro texto que nos
mostra o ensino de Cristo sobre a eleição é aquele onde diz que havia muitas
viúvas no tempo de Elias, mas somente a uma ele foi enviado; e, de igual modo havia vários leprosos em
Israel, mas somente um foi curado por intermédio do profeta:
Na verdade vos digo
que muitas viúvas havia em Israel no tempo de Elias, quando o céu se fechou por
três anos e seis meses, reinando grande fome em toda a terra; e a nenhuma delas foi Elias enviado, senão a
uma viúva de Sarepta de Sidom. Havia
também muitos leprosos em Israel nos dias do profeta Eliseu, e nenhum deles foi
purificado, senão Naamã, o siro. (Lucas
4.25-27)
e a atitude dos judeus foi o de tentar matar a Cristo por causa
dessa doutrina: “Todos na sinagoga,
ouvindo estas coisas, se encheram de ira.
E, levantando-se, expulsaram-no da cidade e o levaram até ao cimo do
monte sobre o qual estava edificada, para, de lá, o precipitarem abaixo. Jesus, porém, passando por entre eles,
retirou-se.” (Lucas 4.28-30).
II – NÃO É UMA ELEIÇÃO BASEADA NA PRESCIÊNCIA/ PRÉ-CONHECIMENTO DE
DEUS
Mas alguém dirá, “é Pastor eu acredito na predestinação e na
eleição, mas porque Deus sabia o que iria acontecer, ele sabia que eu ira me
arrepender e, então, me escolheu!”. Será que é isto que a Bíblia ensina? O grande problema é que o Senhor Jesus nos ensina
que a cidade de Tiro e Sidom poderiam
está de pé ainda hoje, porque Deus previu arrependimento e fé na vida deles,
mas Deus não enviou ninguém lá para pregar o evangelho a estas duas cidades
(Mateus 11.21-24), então, essa objeção e essa eleição com base no pré-conhecimento
não se sustenta. Alguns apelam para 1 Pedro 1.1-2 - todavia, a palavra
presciência no texto grego significa conhecer de modo íntimo e pessoal, ou
seja, o texto mostra que Deus conhece pessoas e não ações.
III – A Doutrina da Eleição
visa Promover a Santidade e não o pecado.
Mas, ainda existe outra objeção, alguns dizem que nós ensinamos
uma eleição/ predestinação como se nós pudéssemos viver uma vida de pecado,
ora, porque se já somos predestinados não precisamos se preocupar com a vida santa,
isso é uma mentira! Não ensinamos isso, pois, a Palavra de Deus diz que fomos
predestinados para sermos santos e irrepreensíveis (Efésios 1.4-5; Romanos
8.26-30)
IV – A Doutrina da Eleição promove a Evangelização
Outros dizem que se há predestinação não precisamos mais pregar o
evangelho, esta é outra mentira! Ora, sabemos que a pregação é para promover a
fé que é dos eleitos de Deus (Tito 1.1); e também, sabemos que a fé vem pela
pregação do evangelho (Romanos 10.14-17) e Paulo entendia isso tão bem que
pregava os gentios eles se manifestavam em fé porque eram predestinados (Atos
13.48)
Por um evangelho da Graça
Somente a Deus
Toda a glória
Soli Deo Gloria!
Meu nome é António Batalha, estive a ver e ler algumas coisas de seu blog, achei-o muito bom, e espero vir aqui mais vezes. Meu desejo é que continue a fazer o seu melhor, dando-nos boas mensagens , e falando daquilo que Deus tem feito em sua vida, que a graça e a paz de Jesus continue a ser derramada em sua vida, e o fogo do Espirito Santo continue a usar sua vida.
ResponderExcluirTenho um blog Peregrino e servo, se desejar visitar ia deixar-me muito honrado.
Ps. Se desejar seguir meu blog será uma honra ter voce entre meus amigos virtuais, decerto irei retribuir com muito prazer. Siga de forma que possa dar com seu blog.
Deixo a minha benção e a paz de Jesus.